Muniz Falcão
Muniz Falcão | |
---|---|
Muniz Falcão | |
43º Governador de Alagoas | |
Período | 31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961 |
Vice-governador | Sizenando Nabuco |
Antecessor(a) | Arnon de Melo |
Sucessor(a) | Luís Cavalcante |
Deputado federal por Alagoas | |
Período | 1951-1956 1963-1966 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 6 de janeiro de 1915 Ouricuri, PE |
Morte | 14 de junho de 1966 (51 anos) Maceió, AL |
Alma mater | Universidade Federal de Alagoas |
Cônjuge | Alba Falcão |
Partido | PST, PSP, MDB |
Profissão | advogado, jornalista |
Sebastião Marinho Muniz Falcão (Ouricuri, 6 de janeiro de 1915 – Maceió, 14 de junho de 1966) foi um advogado, jornalista e político brasileiro que foi governador de Alagoas.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Lídio Marinho Falcão e Floripes Muniz Falcão. Estudante secundarista em Crato ingressou na Universidade Federal de Pernambuco, mas concluiu seu curso em 1947 pela Universidade Federal de Alagoas. Advogado, jornalista e delegado regional do trabalho nos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia, sua carreira política teve início em 1950 quando foi eleito deputado federal pelo PST migrando depois para o PSP onde foi alçado à condição de vice-líder da bancada.[1] Reeleito deputado federal em 1954, foi eleito governador de Alagoas em 1955 para um mandato de cinco anos. Governou de 31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961.
Como governador, sofreu um processo de impeachment, deflagrado em razão dos embates sangrentos entre seus aliados e opositores. Em 13 de setembro de 1957 foi marcada a votação do impedimento, entretanto um novo confronto na Assembleia Legislativa de Alagoas suspendeu a sessão. A morte registrada foi do deputado Humberto Mendes, sogro de Muniz Falcão, além de oito feridos.[2] A gravidade do fato foi levada ao presidente Juscelino Kubitschek que decretou intervenção federal no estado em 15 de setembro, e no dia 18 de setembro os deputados estaduais aprovaram o impedimento do governador, que foi substituído pelo vice-governador Sizenando Nabuco. Inconformado, Muniz Falcão recorreu ao Supremo Tribunal Federal, que o reconduziu ao cargo em 24 de janeiro de 1958, concluindo assim o seu mandato.
Eleito deputado federal em 1962 e em 1965 foi o mais votado nas eleições para governador de Alagoas, porém como não atingiu o patamar da maioria absoluta estabelecido pela Emenda Constitucional nº 13,[3] caberia à Assembleia Legislativa escolher quem seria o novo governador. Como os deputados rejeitaram Muniz Falcão, o presidente Castelo Branco nomeou o General João Batista Tubino[4] como interventor até que Lamenha Filho foi escolhido para governar o estado.[5] Muniz Falcão é irmão do também político Djalma Falcão.
Devido à imposição do bipartidarismo[6] Muniz Falcão foi para o MDB[7] tendo falecido no exercício do mandato de deputado federal.
Referências
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Muniz Falcão». Consultado em 24 de dezembro de 2014
- ↑ Primeiro impeachment estadual, em Alagoas, teve até morte, mas governador concluiu mandato
- ↑ «Casa Civil da Presidência da República: Emenda Constitucional nº 13 de 1965». Consultado em 24 de dezembro de 2014
- ↑ Governou de 31 de janeiro a 15 de agosto de 1966.
- ↑ Governou de 15 de agosto de 1966 a 15 de março de 1971.
- ↑ «Casa Civil da Presidência da República: Ato Institucional Número Dois». Consultado em 24 de dezembro de 2014
- ↑ O MDB já teria presidente (online). O Estado de S. Paulo, 29/01/1966. Página visitada em 24 de dezembro de 2014.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro da Fundação Getúlio Vargas Acesso (mediante cadastro) em 26 de agosto de 2010.
- Galeria dos governadores de Alagoas Acesso em 27 de agosto de 2010.
- A Justiça Eleitoral em Alagoas[ligação inativa](formato PDF) acesso em 3 de agosto de 2009.